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Justiça determina que agentes de saúde retornem ao trabalho e autoriza desconto de salário

        Agentes de combate às endemias da prefeitura de São Paulo durante ação casa a casa, no combate à dengue.   —  Foto/Reprodução/Prefeitura de SP.
 
Justiça determina que agentes de saúde retornem ao trabalho e autoriza desconto de salário.
Publicado no JASB em 25.março.2024. Atualizado em 26.março.2024.

Grupos no WhatsApp |  A Justiça de São Paulo determinou que todos os profissionais de saúde em greve da capital paulista voltem ao trabalho sob pena de multa diária de R$ 10 mil. 
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A decisão liminar atende a um pedido da prefeitura.

O desembargador Beretta da Silveira, vice-presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), também autoriza que, em caso de descumprimento, seja descontado do salário o dia não trabalhado do funcionário.

Funcionalismo em greve

Desde o último dia 12, a prefeitura tem setores do funcionalismo em greve, sendo a valorização salarial a principal reivindicação.

Mais da metade dos funcionários aderiu ao movimento grevista 

Segundo o prefeito Ricardo Nunes (MDB), mais da metade dos funcionários que atuam no combate à dengue aderiu ao movimento desde a semana passada.

Epidemia de dengue

"Tem-se como abusiva a paralisação dos profissionais de saúde do município de São Paulo, entre eles os agentes de saúde (Covisa), na medida em que a suspensão dos serviços que prestam poderá causar dano irreparável ou de difícil reparação aos cidadãos daquela localidade, especialmente diante da emergência sanitária em saúde pública, declarada na cidade de São Paulo pelo Decreto n° 63.266, de 18/03/2024 (epidemia de dengue), além do aumento de casos de Covid e demais síndromes gripais", diz o desembargador na sentença.

Audiência de conciliação

Beretta da Silveira também afirma que a sua decisão levou em conta a proximidade da data da audiência de conciliação, que foi designada por ele para o dia 1º de abril.
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A paralisação é um direito social garantido pela Constituição

O magistrado afirma ainda que, embora a paralisação seja um direito social garantido pela Constituição, "é notório o cenário atualmente vivenciado pela população da cidade de São Paulo e de todo o país, em que hospitais e leitos se encontram sobrecarregados, com altas taxas de ocupação e enormes filas de pacientes na espera de atendimentos."

Estado de emergência em saúde pública

A Prefeitura de São Paulo decretou estado de emergência em saúde pública para a dengue na segunda (18), após o município registrar 414 casos confirmados da doença por 100 mil habitantes —acima de 300 já é considerado epidemia, de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde).

70% das Unidades de Vigilância em Saúde aderiram à greve

De acordo com o Sindsep (Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo), cerca de 70% das Uvis (Unidades de Vigilância em Saúde) da capital aderiram à greve.

28 Uvis na cidade

As Uvis são unidades descentralizadas da Covisa (Coordenadoria de Vigilância em Saúde), que atuam na vigilância ambiental, sanitária e epidemiológica. No total, há 28 Uvis na cidade.
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Necessidade de novas contratações

A mobilização, segundo o Sindsep, não se justifica apenas pela demanda salarial, mas pela necessidade de novas contratações. "Diferente do que diz o prefeito, nós temos hoje 1.954 agentes de endemias em São Paulo. Pelo tamanho da cidade, precisaríamos ter pelo menos o dobro", afirma Laudicéia Reis, agente de combate a endemias e dirigente do sindicato. O último concurso público para a categoria foi realizado em 2008.

Crescimento dos casos de dengue

Os agentes de endemias são responsáveis, entre outras funções, por vistoriar imóveis em busca de criadouros do mosquito, aplicar larvicidas e realizar manutenção das armadilhas instaladas pela prefeitura. Devido ao crescimento dos casos de dengue em toda a cidade, esses profissionais estão sobrecarregados.

        Agentes de combate às endemias de São Paulo.   —  Foto/Reprodução/SindSEP

A prefeitura não dialogou com os trabalhadores

Enquanto os servidores em greve pedem reajuste de 16% nos salários, a gestão Nunes enviou projeto de lei à Câmara Municipal em que propõe reajuste de 2,16%. O sindicato afirma que o índice proposto pela administração é inferior à inflação e que a prefeitura não dialogou com os trabalhadores.
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A inflação

A inflação no ano passado, segundo o IPCA, foi de 4,62%. Para 2024, economistas projetam indicador em 3,79%.

Prefeito disse que está negociando com os trabalhadores

À Folha, o prefeito afirmou que está negociando com os trabalhadores, e que ao contrário de anos anteriores, está repondo a inflação.

"Eu fiz investimento, de 2021 até agora, de mais de 5 bilhões de reais para o funcionalismo público. A gente fez bastante, não teria porquê não contar com a compreensão, principalmente desse setor da vigilância. Nós precisamos deles trabalhando. Eu espero que, pelo menos, toque no coração deles a responsabilidade com a cidade", disse.

MÔNICA BERGAMO com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH


As informações são da Folha de S. Paulo.
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Edição Geral: JASB.

Publicação
JASB - Jornal dos Agentes de Saúde do Brasil - www.jasb.com.br.

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Agentes de Combate às Endemias aderem à Greve em São Paulo.

        Agentes de combate às endemias de São Paulo manifestam descontentamento com número restrito de servidores.   —  Foto/Reprodução/SindSEP.
 
Publicado no JASB  em 16.março.2024. Atualizado em 17.março.2024.

Grupos no WhatsApp Agentes de Combate à Dengue em Greve: Reivindicação de aumento salarial e melhores condições de trabalho.

Aumento salarial 

Os agentes de combate a endemias, responsáveis por diversas ações no controle de doenças como a dengue na cidade de São Paulo, decidiram aderir à greve em busca de reajuste salarial e melhorias em suas condições laborais.

Divergências e demandas

Os servidores, em greve por tempo indeterminado, solicitam um aumento salarial de 16%, contrastando com a proposta do prefeito Ricardo Nunes, que oferece apenas 2,16%. Tal discrepância tem gerado descontentamento entre os agentes, que consideram a oferta municipal insuficiente diante do esforço e dedicação exigidos em suas atividades.
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Atuação da categoria contra a Dengue

Além do combate à dengue, os agentes desempenham papel fundamental em outras frentes, como desratização, controle de escorpiões e atendimento a denúncias de maus-tratos a animais. No enfrentamento ao Aedes aegypti, realizam visitas domiciliares para orientação aos moradores e aplicação de inseticidas.

Deflagração e adesão ao movimento grevista

Lucianne Tahan, agente na região da Casa Verde, zona norte da cidade, expressa a frustração dos servidores diante da oferta salarial de 2%, considerando-a desrespeitosa diante do empenho dedicado ao serviço público. Segundo o Sindsep, sindicato dos servidores municipais, 80% dos agentes estão paralisados, evidenciando a adesão significativa à greve.

Pagamento do IFA e questões de transparência 

Além do reajuste salarial, os agentes reivindicam o pagamento do Incentivo Financeiro Adicional (IFA), recurso adicional que não tem sido repassado pela prefeitura. Aloir Viola, agente na região da Capela do Socorro, destaca a falta de transparência quanto ao destino desse recurso, apontando para a necessidade de esclarecimentos por parte da administração municipal.

Diálogo e negociações

Embora o prefeito Ricardo Nunes tenha afirmado disposição para o diálogo, os servidores negam ter havido qualquer aproximação por parte da gestão municipal. A ausência de reuniões agendadas para novas negociações evidencia a falta de comunicação efetiva entre ambas as partes.
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Ampliação do movimento grevista  e apoio e outras categorias

A greve dos agentes de combate a endemias não é um caso isolado, mas sim parte de um movimento mais amplo que inclui professores, agentes de saúde e assistentes sociais. Dentre as demandas dessas categorias estão não só o reajuste salarial, mas também questões como o fim da contribuição de 14%.

Novos atos

A continuidade da greve e a mobilização das categorias envolvidas demonstram a determinação dos servidores em buscar condições dignas de trabalho e remuneração justa. Novos protestos estão agendados para os próximos dias, reforçando a vontade de dialogar com os representantes políticos para garantir seus direitos e barrar propostas consideradas prejudiciais às suas condições de trabalho e qualidade de vida.

As informações são de UOL/SindSEP

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Servidores municipais entram em greve em São Paulo contra descaso da gestão Nunes

Prefeitura manteve proposta de 2,16% de reajuste, que não cobre a inflação. Categoria quer 16%. 
        Agentes de combate às endemias de São Paulo.   —  Foto/Reprodução/Elineudo Meira, SindSEP.
 
'Rejeitamos a proposta desrespeitosa do governo. Querem 2%, desrespeitam nossa proposta de 16%', afirmou o presidente do Sindicato dos Servidores.

Mais de 3 mil servidores

São Paulo – Assembleia com mais de 3 mil servidores diante da prefeitura de São Paulo, na tarde desta terça-feira (12), aprovou greve por tempo indeterminado. 
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Reajuste e valorização das carreiras

O Fórum de Entidades Representativas do Funcionalismo Municipal buscou pressionar o governo Ricardo Nunes (MDB) por reajuste e valorização das carreiras, mas decidiram pela greve diante da postura considerada intransigente da administração. A prefeitura manteve sua proposta de reajuste, já rejeitada por unanimidade.

Rejeitada a proposta do governo

“Reafirmamos nossa posição da semana passada. Rejeitamos a proposta desrespeitosa do governo. Querem 2%, desrespeitam nossa proposta de 16%”, afirmou o presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo (Sindsep), João Gabriel Buonavita. A gestão Nunes ofereceu 2,16% de reajuste, índice que sequer cobre a inflação.

Contra o “confisco” previdenciário

A proposta de greve contou com aprovação por ampla maioria. “Reafirmamos a pauta, rejeitamos os ataques contra qualquer carreira, greve unificada a partir deste momento por tempo indeterminado”, reforçou João Gabriel.

Revogação do confisco previdenciário

Além da campanha salarial, existem outros eixos na pauta de reivindicação dos servidores “Queremos também a revogação do confisco previdenciário (referência à recente “reforma” previdenciária municipal), além do reajuste linear de 16%. 
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Incorporação dos abonos para a educação. Retomada do direito de férias. Concurso público e fim das terceirizações. Essa é nossa proposta”, resumiu o sindicalista.

Servidores da ativa e pensionistas devem caminhar juntos

“O reajuste não é incompatível com abonos na educação”, acrescentou o dirigente. “Servidores da ativa e pensionistas devem caminhar juntos. O governo, pressionado pela luta, vai recuar, como já aconteceu. Diante de um cenário de pressão do confisco dos aposentados que tira dinheiro da mesa, das péssimas condições de trabalho, temos que fazer vaquinha para esquentar marmita.”

Ato/vigília

Os servidores fizeram ato/vigília na última quinta-feira (14), diante da Câmara. “Há possibilidade de o governo encaminhar esse horrível índice com um projeto de lei”, lembrou o secretário de Imprensa do Sindsep, Vlamir Lima. Dessa forma, os servidores irão ao Legislativo para ressaltar aos vereadores que não aceitam a proposta da prefeitura.

Foi marcada nova assembleia para terça da semana que vem (19), às 14h, no mesmo local. Amanhã à tarde, o comando de greve se reúne para discutir a organização do movimento nos locais de trabalho.
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Assembleia da educação

João Gabriel pediu unidade na luta dos servidores. A área da educação, representada pela Coordenação das Entidades Sindicais Específicas (Coeduc), também está em greve. Eles fazem manifestação e assembleia amanhã (13), às 14h, em frente à prefeitura, com caminhada até a Câmara.

“O movimento que os profissionais de educação realizam por valorização remuneratória, manutenção dos direitos de carreiras, contra a política de transformação dos salários em subsídio, pelo fim do confisco previdenciário e por melhoria das condições de trabalho e funcionamento das escolas é, em essência, em defesa dos direitos da população usuária e da escola pública”, informa a Coeduc, em carta à população. A entidade inclui o Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal (Sinpeem), o Sindicato do Educadores na Infância (Sedin) e o Sindicato dos Especialistas de Educação do Ensino Público Municipal (Sinesp).


As informações são de Gabriel Valery, da RBA e SindSEP.

Edição Geral: JASB.
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Publicação
JASB - Jornal dos Agentes de Saúde do Brasil - www.jasb.com.br.


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URGENTE: Novidades sobre PEC dos 3 salários direto de Brasília. Confira os detalhes!
Publicado no JASB em 20.março.2024. Atualizado em 23.março.2024.

        Para que a PEC 3 salários tramite no Congresso Nacional e seja aprovada, se faz necessário que ocorram algumas articulações em Brasília.   —  Foto/Reprodução.
 
Grupos no WhatsApp  A PEC dos 3 salários mínimos, cujo objetivo é garantir o "Piso Salarial Nacional mais descente aos agentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias, recebeu  atenção especial de parlamentares e representação da categoria. 
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Antes de falarmos sobre a ação do Profº Valtenir Pereira, do sindicalista Jade de Albuquerque e do Dep. Zé Neto, iremos fazer uma breve viagem histórica sobre a luta nacional das duas categorias de Agentes de Saúde, até a vitória histórica do Piso Salarial de 2 salários mínimos. A importância de relembrarmos os caminhos que percorremos antes, sem dúvida alguma, abre as portas das possibilidades para que cheguemos ao nosso objetivo em menor espaço de tempo possível. Considerado que já possuímos a experiência de conhecer o caminho que percorremos. Pelo menos essa é a lógica.

Os 17 anos de luta pelo piso de 2 salários mínimos

É importante não esquecer que foram 17 anos de luta pelo Piso Nacional de 2 salários mínimos, até que ele finalmente se tornasse uma vitória real. Em maio de 2022, ACS's e ACE's conseguiram a aprovação da PEC 22, que deu origem à Emenda Constitucional 120, garantindo uma nova realidade financeira aos Agentes de Saúde do Brasil. 

O nascimento da luta pelo Piso dos 2 salários

A luta nacional pelo Piso dos 2 salários mínimos nasceu em 2006. Em 2014, quando foi aprovado o Projeto de Lei que deu origem à Lei Federal 12.994/2014, as 2 categorias passaram a ter o Piso de R$ 1.014, congelado por quase 5 anos. Na verdade, a regulamentação da citada lei representou muito sofrimento aos ACS/ACE. 
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Uma luta história com perdas também históricas

Entre 2006 a 2022, os agentes comunitários e de combate às endemias de todo o Brasil sofreram diversas derrotas, impostas pelo sistema que trabalhou ativamente contra a aprovação do Piso Nacional de 2 salários mínimos. Em 2022, tivemos um momento histórico, quando a bancada de oposição e a governista aprovaram, de forma relâmpago, na Câmara e no Senador, em 2 votações em cada casa, finalmente aprovaram a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 22, que durante 11 anos tramitou no Congresso Nacional, assim nascia a Emenda Constitucional 120, de autoria do Professor Valtenir Pereira. 

Mudança econômica para os agentes

A Emenda 120/2022 representou a maior mudança econômica para os agentes comunitários e de combate às endemias desde a criação das duas profissões. O grande destaque dessa conquista foi a atuação do Professor Valtenir Pereira, que investiu todos os seus esforços para garantir a grande revolução na vida das centenas de milhares de agentes de todo o Brasil.

        Profº Valtenir Pereira, sindicalista Jade de Albuquerque e Dep. Zé Neto.   —  Foto/Reprodução

A importância de provocar a tramitação da PEC 18

Sobre a PEC dos 3 salários mínimos é importante que todos saibam que há uma série de novidades, entre as quais a mudança de relator. 
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A urgência da colocação da PEC em tramitação

Sobre a necessidade de provocar a tramitação da proposta, além de sua colocação em pauta, ou seja, colocá-la em votação nas duas casas do Congresso Nacional, já que ela precisará ser votada por duas vezes na Câmara dos Deputados e duas vezes no Senado Federal, isto, se não houver mudança no texto proposto. Caso ocorra tal mudança, a Proposta de Emenda Constitucional volta à sua casa de origem para ser avaliada a alteração ocorrida. E assim, segue com diversas possibilidades, contudo, geralmente quando uma proposta dos Agentes Comunitários e de Combate às Endemias é colocada em pauta, os parlamentares não criam obstáculos ou realizam procedimentos que sejam capaz de causar lentidão na tramitação da proposta.

Novidades vindas de Brasília 

No último dia 19/03, a Comissão de Constituição, Justiça e de Cidadania recebeu a visita do autor da Emenda Constitucional 120/2022, Profº Valtenir Pereira, o presidente da Frente Parlamentar em Defesa dos Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate às Endemias e Jade de Albuquerque, presidente da FEDACS/AL - Federação dos Agentes Comunitários de Saúde de Alagoas

Deputado Rubem Pereira da Silva Júnior, relator da PEC 18.   —  Foto/Reprodução/Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil.

A urgência de pautar a PEC 18

Profº Valtenir Pereira informou que ele, Jade de Albuquerque e o deputado Zé Neto conversaram com o Rubem Pereira Júnior, que é o atual relator da PEC 18, que garante 3 salários mínimos aos Agentes Comunitários e de Combate às Endemias.

É fundamental que todos tenham compreensão da importância de colocar a Proposta de Emenda dos três salários mínimos em votação, no menor espaço de tempo possível. É importante destacar que o atual Governo está com tudo nas mãos para tal feito, além da motivação que recebeu com a colocação da pauta dos Agentes em primeiro lugar absoluto do PPA Participativo. 

Além de ter a base governista favorável, o chamado centrão (formado por partidos que não são de oposição ao Governo e que o apoia) ainda reforça a possibilidade de avanço com a PEC 18, além de outras, que são de grande interesse das duas categorias de Agentes de Saúde. 

        Professor Valtenir Pereira continua sendo o maior articulador da PEC 18 no Congresso Nacional.   —  Foto/Reprodução.

A PEC dos 3 salários mínimos

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 18/22 estabelece um piso salarial de três salários mínimos. Em 2024, o valor proposto fica estabelecido em R$ 4.236, já que o valor atual do salário mínimo é de R$ 1.412. É importante lembrar que os agentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias precisam ter a formação técnica, em suas respectivas áreas.

O Governo Federal também irá financiar os 3 salários

Na proposta dos três salários mínimos, que tramita na Câmara dos Deputados, prevê que os valores serão repassados pela União aos municípios, aos estados e ao Distrito Federal para pagamento das duas categorias de Agentes de Saúde.

A PEC foi apresentada pela primeira vez em julho de 2022 pelo Profº Valtenir Pereira, suplente que estava no exercício do mandato na ocasião. No diálogo que ele teve com Samuel Camêlo, o professor fez lembrar que a Emenda 120, oriunda de outra proposta de sua autoria (PEC 22/11), já garante aos agentes de saúde o piso salarial de dois salários mínimos (R$ 2.824) sem distinção de qualquer natureza do vínculo dos agentes. Isto significa que, independente de ser estatutário ou celetista (agentes contratados) possuem direito aos 2 salários mínimos. 
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Ainda sobre a PEC 18, Valtenir ressaltou, que a emenda não distingue profissionais com e sem formação técnica na área. 

“Cabe ao Congresso Nacional dar o incentivo, pela via salarial, para que ACS e ACE busquem a contínua qualificação profissional”, afirmou Pereira.

Confira o vídeo, clicando logo abaixo:

Sobre a qualificação dos Agentes

Em 2022, o Ministério da Saúde ofertou 200 mil vagas para os cursos de técnico em agente comunitário de saúde e de técnico em vigilância em saúde com ênfase no combate às endemias, sendo 138 mil vagas para ACS e 62 mil para ACE.

Cada curso teve carga horária de 1.275 horas/aula e foi ministrado na modalidade hibrida, sendo educação à distância (EaD) e presencial. O curso teve duração de pouco mais de dez meses.

        Na primeira turma de formação técnica, o Ministério da Saúde ofertou 200 mil vagas de formação técnica para os ACS/ACE. Dessa vez será 180 mil.   —  Foto/Reprodução.

Novidades relacionadas a PEC dos 3 salários

Quanto a PEC dos 3 salários mínimos, a admissibilidade da proposta é analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ). O rito seguinte aponta que, se aprovada, seguirá para uma comissão especial e, em seguida, para o Plenário, onde precisa ser votada em dois turnos.
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Tramitação da proposta na CCJC

A tramitação da proposta na CCJC sofreu alteração com o fim de legislatura, houve mudança de relator, que deixou de ser o Dep. Delegado Pablo, que deixou de ser membro da Comissão. O parlamentar designado para relatoria da PEC 18 foi o Dep. Rubens Pereira Júnior (PT-MA). A partir desse momento a Proposta de Emenda Constitucional que garante os 3 salários mínimos aos agentes comunitários e de combate às endemais está nas mãos do PT - Partido dos Trabalhadores.

Outras informações:


VOTO DO RELATOR

De início, pontuo que a esta Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania compete pronunciar-se apenas sobre os aspectos de admissibilidade da proposta de emenda à Constituição em exame, nos termos do art. 202, caput, combinado com o art. 32, IV, “b”, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, sem adentrar o seu mérito.
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A Proposta de Emenda à Constituição nº 18, de 2022, atende aos requisitos materiais de admissibilidade previstos no art. 60, § 4º, do Texto Constitucional, não se vislumbrando de suas disposições tendência para a abolição da forma federativa do Estado, do voto direto, secreto, universal e periódico, da separação dos Poderes ou dos direitos e garantias individuais. 

De fato, a PEC nº 18, de 2022, pretende promover legítima política pública de valorização na política remuneratória dos profissionais agentes comunitários de saúde e agentes de combates às endemias, aos detentores de formação técnica, arranjo normativo que se harmoniza com o Estatuto Constitucional dos trabalhadores (art. 7º) e dos servidores (art. 39).
Portanto, é forçoso concluir que a proposição em exame não malfere quaisquer das cláusulas pétreas da Constituição Cidadã de 1988.

Quanto aos pressupostos formais de admissibilidade, verifica-se que a proposta de emenda à Constituição em análise atende ao requisito de subscrição por, no mínimo, um terço do total de membros da Casa, conforme atestado pelo órgão competente da Secretaria-Geral da Mesa nos presentes autos.

Ademais, inexistem óbices circunstanciais e temporais, a teor do art. 60, § 1º e 5º, da Constituição, respectivamente, para a tramitação da presente proposta de emenda.

Caberá à Comissão Especial a ser designada para a apreciação da matéria a análise do mérito da proposição, assim como sua conformação ao que dispõe a Lei Complementar nº 95, de 1998, que trata da elaboração, redação, alteração e consolidação dos atos normativos.
Pelas precedentes razões, manifesto meu voto no sentido da admissibilidade da Proposta de Emenda à Constituição nº 18, de 2022.
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Sala da Comissão, em 22 de junho de 2023.

Deputado RUBENS PEREIRA JÚNIOR
Relator

        Agentes de saúde de todo o país estão na expectativa da aprovação da PEC dos 3 salários mínimos.   —  Foto/Reprodução/Roque de Sá/Agência Senado

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A Prioridade da  PEC 18 

        O Professor Valtenir Pereira tem interesse que a PEC 18 seja aprovada. — Fotomontagem: JASB.

A PEC 18 é uma das prioridades, definida pela direção da CONACS, dentro da perspectiva da necessidade de Mobilização Nacional a ser realizada em Brasília. 

Como já foi descrito a cima, o deputado federal Rubens Pereira Júnior (PT - Maranhão) foi definido como Relator da Proposta, que está na CCJC - Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Em face da mudança de legislativa (que ocorre sempre que há eleição para os mandatos de deputados federais e senadores), a PEC precisou ser desarquivada. Isto foi feito por meio da  Apresentação do Requerimento de Desarquivamento de Proposições n. 128/2023, pelo Deputado Zé Neto (Bahia), que "Requer desarquivamento de proposições".
        
Se a batalha  em defesa do salário base em 2 salários mínimos não foi nada fácil, inclusive, em consequência dos ataques que a CONACS sofreu, enquanto buscava garantir a conquista da Emenda Constitucional 120/2022. Lamentavelmente, ataques semelhantes ao do ano de 2022 já começaram nas Redes Sociais. Contudo, não há motivo para desânimo. 
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Após a grande vitória da EC 120, que estabeleceu a nova realidade das duas categorias a nível nacional, nasceu a nova saga, dessa vez em defesa do salário base em 3 salários mínimos, que deverá garantir mais uma mudança no status social das duas categorias beneficiadas.

A PEC dos 3 salários, também é de iniciativa do Professor Valtenir Pereira (Mato Grosso). De acordo com Valtenir, ao longo da carreira, os Agentes Comunitários e os de Combate às Endemias passaram a ter mais atribuições e maiores responsabilidades no desempenho de suas tarefas, principalmente por conta das modificações definidas pela Lei Federal 13.595/18, justificando a necessidade da valorização salarial.

Confira os argumentos do autor da PEC:

“Ao concluírem o curso de formação técnica, esses profissionais estarão mais preparados para um atendimento de maior qualidade ao nosso povo e a nossa gente, por isso a Proposta de Emenda à Constituição n. 18/2022 quer remunerar a categoria em pelo menos três salários mínimos”, afirma o deputado. A emenda aguarda o parecer do relator na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Injustiça contra Valtenir

O Professor Valtenir é o autor da Emenda Constitucional 120/22, que cria regras para remuneração e valorização dos ACS/ACE, promulgada em maio do ano passado pelo Congresso Nacional, após 11 anos de tramitação da PEC 22, que deu origem a emenda e fixou o piso de dois salários mínimos para as duas categorias.
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Vida que segue

O Professor Valtenir continua participando das articulações em favor dos ACS e ACE de todo o Brasil, inclusive, dos que usam as Redes Sociais para o atacar. 

Atualmente os agentes participante do Programa Saúde com Agente tem vivenciado a formação técnica no formato de Ensino à Distância (on-line). Na próxima fase haverá atividade presencial. Tal formação é reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC), e ao final, os alunos receberão o certificado da formação, os reconhecendo como técnicos. 

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NOTÍCIA ANTERIOR
PEC eleva para três salários mínimos piso de agentes comunitários e de endemias com formação

        Os agentes comunitários e de endemias que fizeram o Curso Técnico Saúde com Agente serão beneficiados, assim como outros agentes com formação técnica. — Foto/Reprodução.

Uma emenda constitucional garantiu neste ano um piso de dois salários mínimos a essas categorias

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 18/22 estabelece piso salarial de três salários mínimos (hoje, R$ 4.236) para agentes comunitários de saúde (ACS) e agentes de combate às endemias (ACE) com formação em curso técnico nas respectivas áreas.
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Segundo a proposta, que tramita na Câmara dos Deputados, os valores adicionais para compor o novo piso serão repassados pela União a estados e municípios e ao Distrito Federal.

A PEC foi apresentada em julho pelo então deputado Valtenir Pereira (MDB-MT), suplente que estava no exercício do mandato. Ele lembra que a Emenda Constitucional 120, oriunda de outra proposta de sua autoria (PEC 22/11), já garante aos agentes o piso salarial de dois salários mínimos.

Pereira ressalta, entretanto, que a emenda não distingue profissionais com e sem formação técnica na área. “Cabe ao Congresso Nacional dar o incentivo, pela via salarial, para que ACS e ACE busquem a contínua qualificação profissional”, argumenta.

Em 2022, o Ministério da Saúde ofertou 200 mil vagas para os cursos de técnico em agente comunitário de saúde e de técnico em vigilância em saúde com ênfase no combate às endemias (138 mil vagas para ACS e 62 mil para ACE).

Cada curso tem carga horária de 1.275 horas/aula e é ministrado na modalidade educação à distância (EaD). O curso tem duração de dez meses.

Tramitação

A admissibilidade da proposta será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ). Se aprovada, seguirá para uma comissão especial e, em seguida, para o Plenário, onde precisa ser votada em dois turnos.
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Reportagem – Murilo Souza
Edição – Natalia Doederlein

Agência Câmara de Notícias

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PEC eleva para três salários mínimos piso de agentes comunitários e de endemias com formação.

        Agentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias se preparam para mais uma grande conquista.  —  Foto/Reprodução/Agência Brasília.
 
Publicado no JASB em 19.setembro.2022. Atualizado em 03.outubro.2022.   

Uma emenda constitucional garantiu neste ano um piso de dois salários mínimos a essas categorias.

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 18/22 estabelece piso salarial de três salários mínimos (hoje, R$ 3.636) para agentes comunitários de saúde (ACS) e agentes de combate às endemias (ACE) com formação em curso técnico nas respectivas áreas.

Segundo a proposta, que tramita na Câmara dos Deputados, os valores serão repassados pela União a municípios, aos estados e ao Distrito Federal.
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A PEC foi apresentada em julho pelo então deputado Valtenir Pereira (MDB-MT), suplente que estava no exercício do mandato. Ele lembra que a Emenda Constitucional 120, oriunda de outra proposta de sua autoria (PEC 22/11), já garante aos agentes o piso salarial de dois salários mínimos (R$ 2.424).

Pereira ressalta, entretanto, que a emenda não distingue profissionais com e sem formação técnica na área. “Cabe ao Congresso Nacional dar o incentivo, pela via salarial, para que ACS e ACE busquem a contínua qualificação profissional”, argumenta.

        O deputado Valtenir é um importante aliado dos Agentes comunitários e de combate às endemias de todo o Brasil.  —  Foto/Reprodução/Agência Brasília.

Em 2022, o Ministério da Saúde ofertou 200 mil vagas para os cursos de técnico em agente comunitário de saúde e de técnico em vigilância em saúde com ênfase no combate às endemias (138 mil vagas para ACS e 62 mil para ACE).

Cada curso tem carga horária de 1.275 horas/aula e é ministrado na modalidade educação à distância (EaD). O curso tem duração de dez meses.

Tramitação
A admissibilidade da proposta será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ). Se aprovada, seguirá para uma comissão especial e, em seguida, para o Plenário, onde precisa ser votada em dois turnos.

Reportagem – Murilo Souza
Edição – Natalia Doederlein

Agência Câmara de Notícias
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