DESPEDIDA: Paulinha, ACS que salvou vidas em vida e na morte: emoção, urgência e legado.
DESPEDIDA: Paulinha, ACS que salvou vidas em vida e na morte: emoção, urgência e legado.
WhatsApp: Canal JASB | A Zona Oeste do Rio de Janeiro viveu um sábado marcado pela comoção. Foi enterrada, sob forte comoção, Ana Paula de Jesus Pereira, de 49 anos, Agente Comunitária de Saúde, carinhosamente chamada de Paulinha pelos colegas e pacientes, conforme matéria publicada no Portal G1. Veja o vídeo, no final!
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O adeus a uma agente que fez da vida uma missão
Ela faleceu após sofrer um infarto seguido de AVC hemorrágico e teve morte cerebral confirmada na sexta-feira, dia 18. No mesmo dia, o corpo foi velado na Paróquia Nossa Senhora da Paz, em Campo Grande, e dali partiu um exemplo de generosidade que impactou todo o estado: a doação de seus órgãos salvou pelo menos três vidas.
Uma vida dedicada a cuidar dos outros até o fim
Paulinha atuava como Agente Comunitária de Saúde há 9 anos. Trabalhadora respeitada, alegre e atuante, também exercia cargo de liderança no sindicato da categoria. Segundo amigos e familiares, ela sempre dizia que queria doar os órgãos se algo lhe acontecesse.
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E foi exatamente esse desejo que mobilizou uma operação urgente da Secretaria Estadual de Saúde. Os órgãos — dois rins e um fígado — foram retirados ainda na madrugada de sexta-feira e exigiram um esforço logístico inédito, que incluiu o bloqueio da movimentada Avenida Brasil e o acionamento de um helicóptero estadual para garantir o transplante a tempo.
Helicóptero pousa da Avenida Brasil para pegar órgãos para transplante — Foto: Reprodução/TV Globo.O momento em que o Rio parou pela vida
A complexa operação de transporte foi acompanhada por repórteres e cidadãos que testemunharam uma rara união entre agentes públicos e a população. O carro que levava os órgãos ficou preso em um congestionamento na Avenida Brasil, obrigando a equipe a parar o trânsito e improvisar um pouso de emergência no meio da via expressa.
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Em menos de dois minutos, os órgãos foram embarcados e a aeronave decolou em direção ao Heliponto da Lagoa. Lá, uma picape já aguardava a equipe médica para levá-los ao destino final: o Hospital São Lucas, em Copacabana.
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Uma corrida contra o tempo para salvar vidas
O transplante de fígado, realizado em um paciente de 60 anos, foi concluído com sucesso em uma cirurgia que durou cerca de 3 horas. O tempo era crucial: o fígado precisa ser transplantado em até 6 horas após a retirada.
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O piloto da operação, Adalberto Neiva, com 23 anos de experiência, classificou a missão como de altíssimo risco, mas também como uma das mais importantes que já realizou.
Ele revelou que o helicóptero já transportou 116 órgãos só neste ano, o que mostra o quanto operações como essa fazem diferença real na sobrevivência de dezenas de pessoas.
O comandante Adalberto Neiva — Foto: Reprodução/TV Globo.Um legado que inspira e emociona toda a categoria
A história de Paulinha transcende a doação de órgãos. Ela representa o melhor do que existe entre os Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate às Endemias: a dedicação plena ao cuidado com o próximo.
A colega e amiga Josi Laine Moraes resumiu com emoção: “Ela lutou por nós, pelos pacientes e deixou um legado de amor.” Em tempos em que a profissão é frequentemente invisibilizada, a despedida de Paulinha traz à tona a urgência de valorizar esses profissionais que se entregam de corpo e alma ao bem coletivo. Será que estamos reconhecendo isso como deveríamos?
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Assista ao vídeo completo:
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Fonte: JASB com informações do Portal G1.
Edição Geral: JASB.
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Publicação: JASB - Jornal dos Agentes de Saúde do Brasil - www.jasb.com.br.
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