Família denuncia falta de médico em morte de bebê durante parto.
A Polícia Civil está investigando a morte de um recém-nascido durante um parto. — Foto/Reprodução/NSC TV.Família denuncia falta de médico em morte de bebê durante parto.
WhatsApp: Canal JASB | Segundo relato da família, a gestante ficou por mais de uma hora tentando um parto normal, sem a presença de um médico, acompanhada somente por enfermeiras. Diante das complicações, foi submetida a uma cesariana de emergência.
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Polícia investiga morte de bebê durante parto
A Polícia Civil de Santa Catarina está investigando a morte de um recém-nascido durante um parto realizado no Hospital Municipal Ruth Cardoso, em Balneário Camboriú. O caso aconteceu na última sexta-feira, 25 de abril, e gerou forte comoção na cidade. Os pais da criança acusam o hospital de negligência médica durante o procedimento.
Relato do pai denuncia ausência de médico
Segundo Edemar Leitemperger, pai do bebê, a esposa Dayla Fernanda Pedroso Ramos ficou mais de uma hora em trabalho de parto sem acompanhamento médico. De acordo com ele, duas enfermeiras tentavam conduzir o parto normal sem a presença de um obstetra.
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O momento foi registrado em vídeo. Ainda segundo o relato, a equipe só decidiu realizar a cesárea de emergência quando o quadro já era grave, e a criança não apresentava mais sinais vitais.
Mãe relata sofrimento e falha na condução do parto
Dayla chegou ao hospital pela manhã com dois centímetros de dilatação e foi orientada a caminhar. Às 19h, com seis centímetros de dilatação, teve a bolsa rompida e recebeu medicação para indução do parto.
Durante o trabalho de parto, ela afirma ter sofrido dores intensas e sangramento, sem que as enfermeiras percebessem que o bebê não conseguiria nascer por parto normal. Ela relata ainda que uma das profissionais chegou a empurrar sua barriga para tentar a saída do bebê, o que agravou ainda mais a situação.
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Hospital afasta médico e inicia sindicância
A Prefeitura de Balneário Camboriú informou que o médico responsável pelo atendimento foi afastado de forma preventiva. Uma sindicância interna foi aberta para apurar as circunstâncias da morte, e a Comissão de Óbito também foi acionada.
Segundo a nota oficial da prefeitura, foram adotadas medidas administrativas como acolhimento à família, análise de prontuário e elaboração de laudo técnico. A secretária municipal de saúde, Aline Leal, reiterou o compromisso com a transparência e a qualidade da assistência prestada na rede pública.
Contradições nas versões sobre o atendimento
Em nova nota divulgada no dia 1º de maio, a prefeitura informou que o atendimento seguiu os protocolos do Ministério da Saúde, com parteiras e enfermeiras obstétricas responsáveis por partos de baixo risco, conforme a resolução Cofen nº 516/2016. No entanto, os pais alegam que houve indução do parto, o que descaracterizaria a situação como de “evolução natural”.
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O Conselho Regional de Medicina de Santa Catarina também reforçou que toda sala de parto deve contar com uma equipe médica completa, o que inclui gineco-obstetra e pediatra ou neonatologista.
Clamor por justiça e mudanças nos protocolos
O caso reacende o debate sobre a estrutura de atendimento em partos realizados pelo SUS, especialmente em unidades de menor porte. Para os pais, houve falhas graves que poderiam ter sido evitadas com a presença e ação imediata de um obstetra.
A tragédia mobilizou moradores da cidade e autoridades locais. A prefeita Juliana Pavan declarou que a prefeitura tomou todas as providências cabíveis e que está acompanhando de perto o desdobramento das investigações. Enquanto isso, os familiares aguardam respostas e cobram que os responsáveis sejam responsabilizados.
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Fonte: JASB com informações do Portal G1, NSC TV e Rádio Santa FM.
Edição Geral: JASB.
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Publicação: JASB - Jornal dos Agentes de Saúde do Brasil - www.jasb.com.br.
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