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Cientistas descobrem proteínas que podem detectar câncer 7 anos antes do diagnóstico

        Cientistas de Oxford descobriram proteínas no sangue que podem abrir caminho para a prevenção precoce - até 7 anos antes - de 19 tipos de câncer.   —  Foto/Reprodução/Syda Productions.
 
Cientistas descobrem proteínas que podem detectar câncer 7 anos antes do diagnóstico.
Publicado no JASB em 21.maio.2024.             

Universo dos Famoso A descoberta precoce de um tumor maligno pode ficar mais fácil! Cientistas da Universidade de Oxford, no Reino Unido, descobriram proteínas no sangue que podem ajudar a detectar um câncer 7 anos antes do diagnóstico. 
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Revista científica Nature Communications

Os resultados, publicados na revista científica Nature Communications, mostram 618 proteínas associadas a 19 tipos de câncer. Entre essas, 107 foram encontradas em amostras de pessoas coletadas sete anos antes de qualquer sintoma.

Capacidade de prevenir o câncer 

“Esta investigação aproxima-nos da capacidade de prevenir o câncer com medicamentos específicos – antes considerados impossíveis, mas agora muito mais viáveis”, comemorou o primeiro autor do artigo, Karl Smith-Byrne. 

Técnica usada no estudo 

Para o estudo, os cientistas usaram uma técnica chamada proteômica. 

Ela permite analisar um grande conjunto de proteínas em amostras de tecido de uma só vez. Assim, eles conseguiam entender as interações e identificar diferenças importantes.

Pra você ter uma ideia, só em uma amostra de sangue, foi examinado um conjunto de 1.463 proteínas. Bastante coisa, né? 
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Comparação das amostras 

Toda a pesquisa foi dividida em duas partes. 

No primeiro estudo, cientistas analisaram amostras de sangue de mais de 44 mil pessoas. Destas, 4,9 mil foram diagnosticadas com câncer mais tarde.

        Identificar o câncer nas fases iniciais aumenta a chance de sobrevivência em quase 100%.   —  Foto/Reprodução/Canva Pro.

Ao comparar as proteínas de pessoas que com e sem diagnóstico com câncer, eles encontraram no primeiro momento diferenças em 182 proteínas no sangue três anos antes do diagnóstico de câncer.

Proteínas-chaves

Já no segundo estudo, mais de 300 mil dados genéticos de casos de câncer foram analisados em busca de proteínas no sangue associadas ao desenvolvimento da doença. 

Os pesquisadores encontraram 40 proteínas que influenciaram o risco de uma pessoa contrair 9 tipos diferentes de câncer.

Mudanças nessas proteínas podem aumentar ou diminuir as chances de alguém ter câncer. Mas os cientistas descobriram que, em alguns casos, isso pode causar efeitos colaterais inesperados.
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Desafios e esperança 

O próximo passo do estudo é entender exatamente qual o papel dessas proteínas no desenvolvimento do câncer. 

Os pesquisadores também querem descobrir quais delas podem testar com confiança, como fazer esses testes nos hospitais e que remédios podem ser feitos para agir nessas proteínas.

O primeiro passo

“As descobertas desta investigação são o primeiro passo crucial para a oferta de terapias preventivas, que é o caminho definitivo para proporcionar às pessoas vidas mais longas e melhores, livres do câncer”, disse o pesquisador Iain Foulkes à revista Oxford Population Health.

Apesar dos desafios, os avanços nos dão esperança para um futuro livre dessa doença! 

Compartilhe boas notícia!


As informações são da Nature Communications.

Edição Geral: JASB.

Publicação
JASB - Jornal dos Agentes de Saúde do Brasil - www.jasb.com.br.
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Mortes misteriosas envolvendo celebridades que ainda NÃO foram solucionadas

        Mortes misteriosas e nunca resolvidas de famosos.   —  Foto/Reprodução/Getty Images.

Publicado no JASB.           

Universo dos Famoso Sempre que alguém sofre uma morte estranha, a polícia está envolvida. Seu objetivo, é claro, descobrir os fatos e levar a parte culpada (se houver) à justiça. Isso nem sempre é uma tarefa fácil, no entanto, e a triste verdade é que muitos falecimentos suspeitos ficam sem solução.
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Mistério no mundo dos famosos

Envoltos em mistério, esses casos muitas vezes ganham um certo status de mito. No caso de tragédias envolvendo celebridades, esse efeito é ampliado com todo o interesse público e teóricos da conspiração.

Fique por dentro de algumas das mortes mais misteriosas de famosos que a polícia nunca conseguiu explicar.

Brittany Murphy

          Brittany Murphy.   —  Foto/Reprodução/Getty Images.

A atriz, famosa por filmes como ''As Patricinhas de Beverly Hills' e 'Recém Casados', morreu  em dezembro de 2010 enquanto tomava banho. A causa oficial da morte foi uma parada cardiorrespiratoria, causada por um quadro de pneumonia e anemia. 5 Meses depois, seu marido, Simon Monjack, morreu na mesma casa pelos mesmos motivos. 
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Muitos boatos surgiram que na verdade ela poderia ter tido uma overdose de medicamentos ou estaria sofrendo com anorexia. Já a mãe de Brittany afirmou que o casal ficou doente devido a um tipo de mofo que se proliferava na residência deles. Até hoje, há muitas perguntas sem respostas neste caso.

George Reeves
      George Reeves.   —  Foto/Reprodução/Getty Images.

Em 1959, o ator de 'Superman' George Reeves morreu com um tiro na cabeça. Sua morte foi considerada suicídio, mas muitos realmente suspeitaram de assassinato.

Marilyn Monroe
        Marilyn Monroe.   —  Foto/Reprodução/Getty Images.

Quando a estrela foi encontrada morta após uma overdose de barbitúricos em 1962, seu falecimento foi considerado como um 'provável suicídio'. Nenhuma causa definitiva foi revelada.

David Carradine
       David Carradine.   —  Foto/Reprodução/Getty Images.

O ator David Carradine, que estrelou a franquia 'Kill Bill', foi encontrado nu e pendurado no armário de seu quarto de hotel em Bangkok em 2009.
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A autópsia determinou que a causa da morte de Carradine foi asfixia. A opção de suicídio foi descartada, mas a possibilidade de morte acidental foi deixada em aberto.

O rapper Tupac
      Tupac.   —  Foto/ReproduçãoGetty Images.

O rapper Tupac foi eleito por críticos especializados e por colegas como o maior rapper de todos os tempos.  No dia 7 de setembro de 1996, após assistir uma luta de boxe, enquanto dirigia em Las veGas, um Cadillac branco se aproximou de seu carro e disparou 12 vezes. O rapper foi atingido por 4 o 5 deles e não resistiu. Nunca acharam o dono ou os ocupantes do carro que vieram os tiros.

Bob Crane
         Bob Crane.   —  Foto/Reprodução/Getty Images.

Crane foi um ator de sucesso nos anos 60 e 70 por protagonizar a série 'Guerra, Sombra e Água Fresca', famosa no mundo todo. Ele foi assassinado em 1978 de uma forma muito violenta: foi achado morto, com o cranio dilacerado em seu apartamento. Suspeita-se que seu amigo John Henry Carpenter (que era apaixonado por Crane) o matou, ou uma de suas inúmeras amantes ou esposos de suas amantes, já que o ator tinha uma intensa vida sexual e relacionava-se com mulheres casadas e solteiras.

Bobby Fuller
         Bobby Fuller.   —  Foto/Reprodução/Getty Images.

Músico de muito sucesso na década de 60, Bobby teve várias canções no topo das paradas musicais da época. Porém, com apenas 23 anos, seu corpo foi achado no banco da frente de seu carro com hematomas de espancamento, asfixiado e coberto por gasolina. 
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Os assassinos de Bobby Fuller nunca foram achados.

Confira o vídeo retrô com Bobby Fuller:

Dolores O'Riordan
         Dolores O'Riordan.   —  Foto/Reprodução/Getty Images.

A vocalista do The Cranberries morreu inesperadamente em um quarto de hotel aos 46 anos. Dolores O'Riordan estava gravando músicas na época.
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A morte da cantora não foi tratada como suspeita, mas foi classificada como 'inexplicável'. Até hoje o legista ainda não se pronunciou sobre a causa da morte.

Natalie Wood
          Natalie Wood .   —  Foto/Reprodução/Getty Images

Em 1981, a atriz Natalie Wood se afogou durante uma viagem de barco com o marido. A estrela de 'Amor, Sublime Amor' (1961) foi encontrada flutuando de bruços na água e, a princípio, sua morte foi considerada acidental.

Mais tarde, no entanto, hematomas foram encontrados em seu corpo, o que levou a polícia a considerar a hipótese de crime. Seu marido, Robert Wagner, era o principal suspeito, mas nunca houve uma prisão.

Virginia Rappe
          Virginia Rappe.   —  Foto/Reprodução/Getty Images

Em 1921, a atriz de cinema mudo Virginia Rappe morreu de ferimentos internos, sofridos em uma festa da Lei Seca. De acordo com sua amiga, ela disse que foi Roscoe 'Fatty' Arbuckle quem causou seus ferimentos.
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Arbuckle foi acusado de assassinato e julgado três vezes, mas nenhum dos julgamentos terminou em condenação. Em vez disso, ele morreu de ataque cardíaco aos 46 anos.

Jack Nance
          Jack Nance.   —  Foto/Reprodução/Getty Images.

Jack Nance estrelou grandes sucessos do aclamado diretor David Lynch, como Eraserhead,Twin Peaks e Veludo Azul. A sua morte, em 1996, foi muito estranha. Após arranjar uma bringa de rua com garotos mais novos, ele ficou com o olho muito machucado e começou a beber. Naquele dia, almoçou com amigos que ficaram chocados com o tamanho do hematona  em seu olho e seu nível alcoólico. Depois, voltou para casa reclamando de dor de cabeça e foi encontrado morto no dia seguinte em casa por um amigo. 

Robert Johnson
          Robert Johnson, em uma das únicas fotos existentes do músico.   —  Foto/Reprodução.

Robert Johnson é considerado a maior lenda da história do blues. Porém, este talento musical, morreu com apenas 27 anos em circunstâncias muito estranhas. A teoria mais aceita e conhecida é de que foi envenenado por um homem ciumento, que o viu flertar com sua mulher. Dono do bar em que Johnson tocava, ele misturou veneno no copo de Uísque do astro. 
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Outra teoria famosa é que o músico teria feito um pacto com o demônio, que o fez se tornar o músico mais talentoso da época, mas que roubou sua vida em troca, anos depois. O fato é que em sua certidão de óbito não está escrito nada, apenas que um médico não chegou a tempo de socorrê-lo.

Jimmy Hoffa
          Jimmy Hoffa.   —  Foto/Reprodução/The Detroit News.


Jimmy foi uma importante personalidade norte-americana e líder de um dos maiores sindicatos dos Estados Unidos, o International Brotherhood of Teamsters. Foi visto pela última vez no estacionamento de uma lanchonete em Detroit, em 1975, e até hoje nunca reveleram seu paradeiro. O FBI por anos tentou achar alguma pista ou o corpo do homem, mas em vão. Um filme contando essa misteriosa história foi protagonizado por Jack Nicholson.

5 mortes misteriosas de grandes personalidades da história

Cientistas se esforçam para explicar a morte ou apontar a doença de vários personagens históricos. Só que nem sempre conseguem
Por Ivonete Lucírio, Super Interessante.

Tutancâmon

De tempos em tempos, uma nova teoria: afinal, do que morreu Tutancâmon? Desde que a tumba do mais famoso faraó egípcio foi descoberta, em 1922, especula-se de tudo. Tuberculose, complicações decorrentes de um tombo durante uma caçada, assassinato… A cada teoria, surgem novas “evidências” supostamente capazes de comprová-la. A hipótese de assassinato, por exemplo, ganhou força quando um raio X da múmia revelou uma perfuração no crânio de Tut. O faraó-menino, que morreu aos 19 anos – em 1324 a.C. – sem deixar herdeiros, teria sido golpeado na cabeça por alguém que pretendia sucedê-lo no trono. História tentadora, não é verdade? Digna de filme! Hoje, no entanto, acredita-se que a lesão tenha ocorrido durante o processo de mumificação.

A mais recente explicação para a morte de Tutancâmon, divulgada no início de 2010, põe por terra todas as teorias anteriores. Uma equipe de pesquisadores submeteu 11 múmias da família de Tut – inclusive a do próprio – a exames radiológicos e testes de DNA. O resultado indicou a presença de genes vinculados ao parasita Plasmodium falciparum, causador da malária, nos tecidos do faraó e de mais 3 de seus parentes. “De fato, essa era uma doença comum no Egito antigo”, afirma André Mota, coordenador do Museu Histórico da Faculdade de Medicina da USP.

Malária, contudo, não teria sido a única responsável pela morte de Tutancâmon. As tomografias confirmaram que o faraó sofreu uma fratura no fêmur direito dias antes de morrer. Dedução dos cientistas: uma infecção subsequente teria colaborado para o agravamento de seu estado. O novo estudo revelou ainda uma série de más-formações na família de Tut, provavelmente decorrentes de uniões consanguíneas. Na análise do grupo de múmias reais, descobriu-se, por exemplo, que os pais do faraó eram irmãos, e que ele próprio talvez tenha se casado com uma irmã ou meia-irmã. Essa seria mais uma explicação para a fragilidade de Tutancâmon – consequência de um longo histórico de relações incestuosas.
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Os autores da pesquisa reconhecem, no entanto, que, embora esse tenha sido o mais minucioso estudo já feito da múmia do faraó, o diagnóstico não pode ser considerado definitivo. Ou seja: mais de 3300 anos depois de sua morte, o mistério de Tutancâmon parece estar longe de ser solucionado.

Alexandre, o Grande

Vítima de uma criatura: bonitão, forte, corajoso. Para os soldados liderados por ele, Alexandre era quase um semideus. Entre 344 e 326 a.C., o general comandou a maior campanha militar da história, conquistando boa parte do mundo conhecido até então. Nos fronts, sobreviveu a frio intenso, calor escaldante, condições precárias de alimentação e higiene. Sem contar as dezenas de ferimentos graves, provocados por lanças e flechas desferidas pelos inimigos. Mas foi morrer muito longe de um campo de batalha. Já estava aposentado, vivendo na Babilônia, quando sucumbiu a uma doença misteriosa, em 323 a.C. Qual teria sido o mal que derrubou esse homem aparentemente indestrutível?

Não há consenso entre os pesquisadores, mas é provável que Alexandre, o Grande, tenha caído diante de uma criaturazinha microscópica, que em nada faria justiça ao seu histórico de herói: a bactéria causadora da febre tifoide. Registros dos últimos dias de vida do general parecem corroborar essa tese, pois vários sintomas descritos nesses relatos são compatíveis com a doença – entre eles, febre alta, calafrios, suor exagerado e exaustão crônica.

Fenômeno bizarro

E tem mais! Esse diagnóstico seria também a explicação para um fenômeno bizarro envolvendo a morte de Alexandre. Segundo algumas narrativas da época, seu corpo teria levado muito mais tempo que o normal para começar a se decompor. Pois bem: uma das possíveis complicações da febre tifoide é justamente um tipo de paralisia que começa nos pés e vai subindo pelo corpo, deixando sua vítima imóvel e com a respiração reduzida, quase imperceptível. Ou seja: todos teriam pensado que Alexandre já teria morrido, embora ele ainda estivesse vivo. Daí a falsa impressão de que seu corpo demorou muito para se deteriorar. Sim, a história parece maluca, mas é perfeitamente possível segundo os especialistas.
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Como é de praxe, teorias conspiratórias também cercam esse caso. Uma delas diz que o general teria sido assassinado com uma dose letal de arsênico colocada numa taça de vinho. De fato, Alexandre começou a passar mal, com os sintomas que mais tarde o levariam à morte, justamente depois de uma bebedeira. Mas, para o médico americano Philip Mackowiak, autor do livro Post-Morten: Solven History’s Great Medical Mysteries (“Post-Morten: Resolvendo os Grandes Mistérios Médicos da História”, inédito no Brasil), essa tese é uma enorme bobagem. O motivo? Muito simples: “O arsênico só foi purificado cerca de 1500 anos depois da morte de Alexandre”.

Napoleão

Sal na comida pode ter sido o veneno: esqueça a história de envenenamento. Tudo leva a crer que Napoleão Bonaparte, o imperador que governou a França com mão de ferro em dois períodos, entre 1804 e 1815, padeceu da mesma doença que no ano passado matou 650 mil pessoas no mundo: câncer de estômago.

Para muitos historiadores, a hipótese de assassinato sempre fez sentido. Afinal, os adversários políticos de Napoleão temiam que ele desse um jeito de escapar da prisão, na ilha de Santa Helena, e retomasse o poder – do qual abdicara após a derrota para ingleses e prussianos na Batalha de Waterloo. Na verdade, é bem capaz que o próprio imperador preferisse uma morte assim, cinematográfica. Ela combinaria bem mais com seu ego – que, segundo dizem, foi ainda maior que a ambição de conquistar a Europa. Durante décadas, apostou-se na possibilidade de Napoleão ter sido envenenado com arsênico, substância encontrada em seus fios de cabelo (preservados e analisados anos após sua morte, em 1821). O veneno teria sido gradualmente adicionado a tudo que o preso comia e bebia, sem que ele percebesse.

O enredo é ótimo, mas parece não ter fundamento. Hoje, acredita-se que a origem do arsênico encontrado em seus cabelos era outra: na época de Napoleão, pequenas quantidades dessa substância costumavam ser usadas na fabricação de vários produtos, como tônicos capilares, remédios e até papel de parede.

Autópsias rigorosas

Segundo Robert Genta, professor de patologia da Southwestern Medical School, nos EUA, o que realmente matou Napoleão foi mesmo um “trivial” câncer de estômago. Genta estudou inúmeros documentos sobre a morte do imperador, principalmente as anotações do cirurgião François Antommarchi, responsável por duas rigorosas autópsias. Os manuscritos falam de lesões nas paredes do estômago e da presença, em todo o órgão, de um material “que lembrava grãos de café”. Para o patologista, são evidências de sangramento decorrente do câncer.
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Genta comparou as descrições feitas por Antommarchi com 135 casos atuais de pacientes com câncer de estômago, e concluiu que o mal de Napoleão Bonaparte só poderia ser esse. “É muito difícil [para não dizer impossível] precisar a causa da doença”, diz o professor. “Ela pode ter sido provocada, entre outros fatores, até por uma predisposição familiar. Mas os soldados da época, inclusive o imperador, comiam muitos alimentos preservados em sal, riquíssimos em nitritos. E é sabido que esse tipo de comida aumenta o risco de câncer gástrico.”

Beethoven

A misteriosa surdez de um gênio: pobre Beethoven. Embora a genialidade do compositor tenha sido reconhecida muito cedo, sua personalidade sempre foi mal interpretada. A imagem que entrou para a posteridade é a de um senhor recluso e rabugento. Nada a ver, entretanto, com o rapaz de bem com a vida que ele demonstrava ser na juventude. A mudança de humor tem explicação: por volta dos 26 anos de idade, Beethoven começou ficar surdo.

Nascido em 1770, o alemão Ludwig van Beethoven atingiu o ápice de sua carreira em 1814, quando foi aclamado o maior músico do mundo em atividade. Tinha 44 anos. Mas o misterioso problema de audição já o impedia de saborear momentos de glória. Além da surdez progressiva, àquela altura ele era atormentado também por um zumbido ininterrupto. Até que a situação finalmente evoluiu, por volta de 1816, para a surdez quase absoluta. Mesmo assim, foi na reclusão motivada pela incapacidade de ouvir que Beethoven criou algumas de suas mais belas obras – como a Sinfonia n° 9, composta entre 1822 e 1824.

Antes de perder completamente a audição, Beethoven recorreu a vários médicos, que lhe receitaram desde tônicos à base de ervas até banhos termais e temporadas de descanso no campo. Tudo em vão. A única coisa que lhe garantia algum alívio – pelo menos para o zumbido – eram chumaços de algodão enfiados nos ouvidos. O compositor morreu, em 1827, sem que ninguém lhe apresentasse um tratamento eficiente, muito menos a cura. E a causa de seu infortúnio até hoje é motivo de controvérsia.
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Múltipla escolha

“Entre as várias teorias, acredito na hipótese de sífilis”, afirma o americano Philip Mackowiak. De acordo com o médico, a doença era muito comum em toda a Europa nos tempos de Beethoven, e um de seus efeitos pode ser justamente a perda da capacidade auditiva. Além disso, diz Mackowiak, outros sintomas apresentados pelo compositor apontam para esse diagnóstico – entre eles, irritação intestinal, fortes dores de cabeça e inflamações nos olhos. E mais: segundo o americano, Beethoven costumava empregar prostitutas – um fator de risco inquestionável, já que a transmissão da sífilis quase sempre se dá por meio do contato sexual.

Por outro lado, o brasileiro Ricardo Bento, professor de otorrinolaringologia da Faculdade de Medicina da USP, aposta numa tese diferente. Baseado principalmente nos dados resultantes da autópsia de Beethoven, o médico acredita que ele sofria de otosclerose clássica – uma doença que leva à má-formação das estruturas internas dos ouvidos. “Ela é altamente incidente na Europa até hoje”, afirma Bento, autor de um estudo intitulado A Surdez de Beethoven: O Desafio de um Gênio. “E as causas dessa desordem são genéticas, não têm nada a ver com uma suposta doença sexualmente transmissível.”

Hitler

Palpites demais e nenhuma conclusão: o ditador alemão Adolf Hitler, responsável por algumas das piores atrocidades já cometidas contra a humanidade, rendeu muito o que falar durante a vida – e não seria diferente à beira da morte. Em seus últimos dias, passados num bunker bem no finalzinho da 2ª Guerra Mundial, ele estava seriamente debilitado. Apresentava sintomas que poderiam ser de uma variedade de doenças. Quais? Não deu tempo de descobrir. Hitler se suicidou com cápsulas de cianeto antes de ser capturado pelos exércitos inimigos.

Biógrafos, pesquisadores e curiosos alimentam muitas especulações. Acredita-se, por exemplo, que ele pudesse sofrer de paranoia – psicose caracterizada pelo desenvolvimento de delírios crônicos, como os de grandeza e perseguição. Combina com a figura, não combina? Pois é justamente em torno da saúde mental de Adolf Hitler que estão as maiores polêmicas. Em 1994, os psiquiatras Jablow Hershman e Julian Lieb publicaram um livro extremamente controverso intitulado A Brotherhood of Tyrants (“Uma Irmandade de Tiranos”, sem tradução para o português). Nessa obra, eles investigam a mente de Napoleão, Stálin e Hitler. E concluem, baseados em alguns fatos da vida pregressa do führer, que ele era um maníaco-depressivo. Outros autores, no entanto, questionam veementemente esse parecer.
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A questão judaica

Uma das explicações para os supostos transtornos psíquicos de Hitler seria a sífilis – doença infecciosa e sexualmente transmissível facilmente curada com antibióticos, mas que, quando não tratada, pode levar a problemas cardíacos e mentais. Seus sintomas secundários e terciários incluem encefalite, vertigem, dor no peito e taquicardia. Segundo a historiadora Deborah Hayden, o ditador alemão apresentava todos esses sinais. “Isso não prova nada”, reconhece Deborah, autora do livro Pox: Genius, Madness and the Mysteries of Syphilis (“Pox: Genialidade, Loucura e os Mistérios da Sífilis”, inédito no Brasil). “Mas creio que sejam evidências bem contundentes.”

Sabe-se que Hitler, se não tinha a doença, pelo menos alimentava certa obsessão por ela. Considerava a sífilis uma “praga” típica da população judaica – a mesma que ele tentou exterminar em campos de concentração como Auschwitz. E acreditava tão enlouquecidamente na necessidade de deter sua disseminação que dedicou longos parágrafos a esse assunto no livro Mein Kampf (“Minha Luta”, uma espécie de manifesto autobiográfico, no qual expõe suas ideias antissemitas, racistas e nacionalistas). Mesmo assim, a teoria de que o führer era portador da sífilis não convence todos os especialistas.

Para o psiquiatra Fritz Redlich, autor de Hitler: Diagnosis of a Destructive Prophet (“Hitler: Diagnóstico de um Profeta Destrutivo”, também sem tradução), não há registros históricos que permitam chegar a essa conclusão. Os sintomas apresentados pelo nazista, ainda que comprovados, poderiam estar relacionados a várias doenças, como a artrite temporal – na opinião de Redlich, uma possibilidade bem mais concreta. Já o pesquisador Tim Hutton, da Universidade do Texas, defende que o verdadeiro mal de Hitler seria Parkinson – outra moléstia que afeta o cérebro. Um de seus sintomas são tremores progressivos, resultantes de uma disfunção dos neurônios. De fato, tremedeiras nas mãos – cada vez mais pronunciadas – eram comuns nos últimos meses do ditador. É possível percebê-las, inclusive, em registros cinematográficos da época. Daí a concluir que era esse o seu problema, no entanto, parece mero chute.
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VÍCIO FRENÉTICO
O nazista era viciado em metanfetaminas

Nos últimos dias de Hitler, vários fatores podem ter colaborado para o agravamento de seu estado de saúde. O primeiro e mais óbvio de todos: estresse. É bem provável, no entanto, que um vício alimentado pelo führer durante 3 ou 4 anos também tenha ajudado a minar sua resistência. Segundo o médico britânico Derek Doyle, autor de um estudo sobre os tratamentos médicos pelos quais Hitler passou, o ditador acabou se tornando dependente de metanfetaminas durante a 2ª Guerra Mundial. A droga sintética era largamente utilizada por soldados alemães como estimulante e inibidor de apetite. Hitler teria começado a usá-la em 1942, para aliviar os efeitos de uma suposta depressão. E nunca mais parou. O fornecedor da substância era Theodor Gilbert Morell, seu médico particular desde os anos 30. Hoje, há quem acredite que o uso contínuo de metanfetaminas tenha levado o ditador a desenvolver o mal de Parkinson – ou, pelo menos, sintomas muito parecidos com os da doença.


As informações são da CARAS Digital e Super Interessante.

Edição Geral: JASB.

Publicação
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