Header Ads


Brasília: "Nosso povo está adoecendo e não tem dinheiro para comprar remédio," disse Valda.

           Marivalda Pereira Araújo, descreveu o drama sofrido por ACS e ACE de todo o país, que aguardam a Aposentadoria digna.   —  Foto/Reprodução.
 
Brasília: "Nosso povo está adoecendo e não tem dinheiro para comprar remédio," disse Valda.
Publicado no JASB em 12.agosto.2025. Atualizado em 13.agosto.2025.

WhatsApp: Canal JASB Quem sustentou o SUS durante décadas agora precisa de ajuda para comprar o próprio medicamento. A frase dura da presidente do FNARAS, Marivalda Pereira Araújo, resume o drama de 380 mil Agentes Comunitários e de Endemias espalhados pelo Brasil.
--
--ad5
A pesquisa que revelou a cruel realidade

Segundo Valda, em 2021, o FNARAS decidiu investigar como estava a vida real dos Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate às Endemias pelo país. O resultado foi assustador: os mesmos profissionais que levaram água potável, medicamentos e dignidade para milhões de brasileiros agora vivem na pobreza. 

"Muitos aposentados precisam da ajuda dos filhos para comprar remédios básicos. A ironia é cruel: quem cuidou da saúde de todos não consegue cuidar da própria," disse a presidente do FNARAS.
-
-G
O grito de socorro que ecoou em Brasília

"Nós somos filhos da cólera", declarou Marivalda, lembrando que começou como Agente Comunitária em 1991, quando a epidemia de cólera assolava a Bahia. Com 34 anos de carreira, ela representa a voz de uma categoria que carrega nas costas não apenas bolsas pesadas com balanças e medicamentos, mas o peso de sustentar o Sistema Único de Saúde. 

São profissionais com morbidades adquiridas no trabalho, joelhos destruídos, ombros que precisam de cirurgia. E depois de uma vida inteira dedicada ao próximo, a perspectiva é aposentar-se com um salário mínimo.
--
-ad3
Os únicos que entram onde ninguém quer ir

"Lá na situação, naquele bairro periférico, onde muitos nem querem ir", disse Marivalda, descrevendo a realidade dos territórios onde ACS e ACE trabalham. 


São os únicos profissionais que saltam poças de esgoto, enfrentam a lama e permanecem 24 horas disponíveis para suas comunidades. Enquanto médicos, enfermeiros e técnicos cumprem suas jornadas e vão embora — o que é direito deles —, os agentes ficam. Não por escolha, mas por obrigação: sair do território significa deixar de ser agente.
--
-ad52
A luta por dignidade, não por privilégio

A PEC 14, que tramita no Congresso Nacional, não pede aposentadoria especial, mas sim digna para quem dedicou a vida ao SUS. Marivalda foi enfática: "Não queremos nada que não mereçamos". 

O que a categoria reivindica é reconhecimento pelo trabalho exclusivo que desenvolvem — são os únicos profissionais cuja carreira existe apenas dentro do SUS. Não existem ACS ou ACE na iniciativa privada. 

O deputado Antônio Brito, relator da proposta, recebeu elogios da líder sindical, que reconheceu a coragem política necessária para abraçar essa causa.
--
-ad5

União que transforma vidas em todo o país

Com mais de 285 mil Agentes Comunitários de Saúde e mais de 100 mil Agentes de Combate às Endemias, a categoria tem força suficiente para conquistar seus direitos. 

Marivalda anunciou uma audiência pública na Bahia para fortalecer a PEC 14, convidando todas as organizações da categoria para se unirem. 

"Onde a Bahia coloca a mão, igual ao Fenaras, tem votação", provocou, mostrando que a luta ganhou corpo nacional. Essa não é apenas uma batalha por aposentadoria — é o reconhecimento de que quem fez a revolução do SUS merece envelhecer com dignidade. Você faz parte dessa mudança!
--
-ad7
Fonte: JASB - Jornal dos Agentes de Saúde do Brasil - www.jasb.com.br. 
Edição Geral: JASB.
Encaminhamento de denúncia ao JASB: Acesse aqui.

O jornalismo do JASB.com.br precisa de você para continuar marcando ponto na vida dos ACS e ACE. Compartilhe as nossas notícias em suas redes sociais!
Tecnologia do Blogger.