O que acontece no cérebro durante uma crise de ansiedade.
O que acontece no cérebro durante uma crise de ansiedade.
WhatsApp: Canal JASB | Em episódios intensos, regiões cerebrais entram em alerta e o corpo reage como se estivesse diante de um perigo real.
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A ansiedade é considerada o transtorno mental mais comum em todo o mundo, afetando cerca de 300 milhões de pessoas, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Embora seja uma reação natural do corpo diante de situações desafiadoras, ela pode se intensificar e causar crises difíceis de controlar.
Nesses momentos, o cérebro age como se estivesse sob ameaça real, mesmo quando não há nenhum perigo concreto, desencadeando reações físicas e emocionais intensas.
Cérebro aciona um alarme falso
Durante uma crise de ansiedade, a amígdala — área do cérebro que detecta ameaças — entra em estado de hiperatividade. Ela interpreta situações do dia a dia como perigosas e envia um alerta para o restante do corpo.
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A neurologista Caroline Santos explica que, nesse processo, a amígdala age como um alarme desregulado, ativando o sistema de estresse mesmo diante de estímulos inofensivos. Isso faz com que o cérebro entre em modo de sobrevivência.
Sistema nervoso prepara o corpo para reagir
Com o alerta disparado, o hipotálamo ativa o sistema nervoso autônomo, colocando o corpo em estado de luta ou fuga.
Enquanto isso, o córtex pré-frontal, responsável pelo raciocínio lógico e controle emocional, reduz sua atividade, dificultando o pensamento claro e aumentando a sensação de descontrole.
O hipocampo, que interpreta a realidade com base em memórias, também pode colaborar para o aumento do medo, ao reforçar experiências passadas negativas.
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Hormônios entram em ação e provocam sintomas físicos
O cérebro, ao reagir ao falso alarme, desencadeia uma tempestade hormonal. Substâncias como adrenalina e cortisol são liberadas, provocando aumento nos batimentos cardíacos, elevação da pressão arterial e maior estado de alerta.
O psicólogo Victor Bastos Ventura explica que há ainda uma redução na atividade do sistema de recompensa, o que dificulta o prazer e o aprendizado de segurança. Com isso, o mal-estar se intensifica e a pessoa sente que perdeu o controle da situação.
Corpo responde com intensidade a ameaças imaginárias
O corpo reage às crises de ansiedade com a mesma força que reagiria a uma ameaça real, como um assalto. A psicóloga Letícia Pizarro esclarece que o sistema límbico e a amígdala não diferenciam entre o perigo físico e o medo emocional, como falar em público.
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Os sintomas físicos são os mesmos: coração acelerado, tremores, suor, tensão muscular, tontura e náuseas. Tudo isso é resultado da ativação do sistema nervoso simpático, que prepara o organismo para reagir.
Crises repetidas podem mudar o cérebro
Embora uma crise de ansiedade isolada não deixe danos permanentes, episódios frequentes podem causar alterações duradouras no cérebro.
Segundo a neurologista Caroline Santos, a amígdala pode se tornar cronicamente hiperativa e a comunicação com o córtex pré-frontal se enfraquece.
Já o psicólogo Victor Bastos destaca que o estresse contínuo pode provocar mudanças estruturais, como a retração do hipocampo e o crescimento de conexões na amígdala.
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Esses efeitos mantêm o cérebro em alerta constante, reforçando o ciclo da ansiedade. Por isso, buscar ajuda especializada é essencial para interromper esse padrão e recuperar o equilíbrio emocional.
Fonte: JASB com informações do Metrópoles.
Edição Geral: JASB.
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Publicação: JASB - Jornal dos Agentes de Saúde do Brasil - www.jasb.com.br.
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