Fiocruz - Retrato do Brasil: Dados sobre mortalidade de Agentes de Saúde assustam.
Fiocruz - Retrato do Brasil: Dados sobre mortalidade de Agentes de Saúde assustam.
WhatsApp: Canal JASB | Se no Rio de Janeiro 60% das mortes de Agentes Comunitários de Saúde poderiam ter sido evitadas, quantos colegas estamos perdendo no país inteiro? A capital fluminense revelou uma ferida que sangra de Norte a Sul, conforme dados da EPSJV/Fiocruz.
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Pesquisa carioca revela drama nacional
O boletim epidemiológico lançado pela Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio expôs números chocantes sobre os Agentes Comunitários de Saúde do Rio de Janeiro. Entre 2010 e 2024, foram registradas 216 mortes na capital, com taxa de mortalidade aumentando 54% entre 2017 e 2023.
O levantamento analisou dados de 2.147 profissionais e mostrou que 54% têm pelo menos uma doença diagnosticada. Mas esses números não são exclusividade carioca - eles refletem a realidade de milhares de ACS espalhados pelo Brasil, segundo avaliação do professor Samuel Camêlo, coordenador do JASB.
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Sessenta por cento das mortes eram evitáveis
A informação mais devastadora do estudo é que 60% dos óbitos no Rio poderiam ter sido prevenidos com ações adequadas na própria Atenção Primária à Saúde. A mortalidade precoce se concentra entre pessoas de 45 a 59 anos, principalmente mulheres negras que representam 85,8% da categoria na capital fluminense.
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Se tal é a realidade de uma das cidades com melhor estrutura de saúde do país, imagine o que acontece nos municípios do interior, nas periferias esquecidas e nas regiões mais carentes. Quantos colegas estão morrendo em silêncio pelo Brasil afora?
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Abandono institucional mata em todo lugar
O perfil nacional dos Agentes Comunitários é similar ao encontrado no Rio: maioria mulheres, maioria negras, maioria abandonadas pelo sistema. No Rio, apenas 41% conseguem atendimento sem dificuldades nas próprias unidades onde trabalham, enquanto 83,7% dependem exclusivamente do SUS.
Fatores como estresse, racismo institucional, sobrecarga e exposição à violência são realidades que se repetem de Roraima ao Rio Grande do Sul. A diferença está apenas na intensidade, mas o sofrimento é universal na categoria.
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SUS nacional que não protege seus guardiões
Se na capital fluminense mais de 52% dos profissionais desenvolveram doenças em decorrência do trabalho, essa proporção pode ser ainda maior em locais com menor infraestrutura e apoio institucional.
Os ACS de todo o país enfrentam os mesmos desafios: falta de equipamentos, salários defasados, ausência de planos de carreira e descaso das gestões municipais. O presidente do Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúde do Rio resumiu uma verdade nacional: "Somos o coração do SUS", mas um coração que está sendo negligenciado em todo o território brasileiro.
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A luta é uma só, o Brasil é nosso
Conforme a pesquisa realizada pela Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, no Rio de Janeiro, que deve funcionar como um espelho para toda a categoria nacional, o SUS tem sido negligente com os seus anjos, que são os Agentes Comunitários.
A Joaquim Venâncio comprova cientificamente o que todo ACS já sabe na pele: estamos adoecendo e morrendo precocemente por falta de cuidado adequado. Cada região tem suas particularidades, mas a dor é a mesma - seja no calor do Nordeste, no frio do Sul ou na imensidão da Amazônia.
Unidos, podemos transformar esses dados alarmantes em força para exigir dignidade, cuidado e valorização. Esta luta não conhece fronteiras estaduais - você faz parte dessa mudança.
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Fonte: JASB com informações da EPSJV.
Edição Geral: JASB.
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